Saí de casa, entrei no carro e a meio do caminho percebi que não trazia o telemóvel. A minha mulher estava comigo e tinha o dela, por isso, não havia motivo para temer uma eventual emergência. Não voltei atrás para ir buscá-lo.
Não é sem algum embaraço que reconheço algumas das emoções que vivi desde que dei pela falta do telefone.
O primeiro impulso foi voltar a casa para ir buscá-lo. Depois fiquei algo desapontado por não ter um motivo razoável para fazê-lo. Mérito da minha mulher que evidenciou a inutilidade dessa opção.
Depois comecei a sentir o impulso automático de pegar no telefone para verificar os emails, ver as notícias, mensagens, notificações das redes sociais, etc. A cada momento morto, paragem ou espera, vinha logo o automatismo de tentar pegar no equipamento que me faltava.
Primeiro foi a frustração de ter-me esquecido, depois a irritação pelo meu comportamento automático e finalmente a consciência de estar mais “agarrado” ao telefone do que gostaria de admitir.
Agora estou mais atento, mas ainda estou a procurar estratégias para me distanciar mais deste vicio.
E vocês? Como lidam com os vossos telefones? Conseguem afastar-se sem problemas?