Manifesto – A Minha Abordagem ao Coaching

by | Coaching, Desenvolvimento Pessoal

Para que todos os meus clientes saibam ao que vêm quando me procuram para um percurso de coaching ou uma formação no tema, decidi organizar este manifesto sobre o que considero serem as linhas orientadoras da minha abordagem ao coaching.

1- É uma relação autêntica entre duas pessoas: Trata-se de uma relação em que estou lá como pessoa, ao mesmo nivel do cliente, criando um espaço seguro e genuíno de partilha com o objetivo de ajudar de acordo com as necessidades e pedidos do cliente.

2- Acredito no potencial do cliente: Por norma as pessoas são capazes de muito mais do que creem ser possível fazer. Só acreditando que o cliente é capaz posso ajudar a fazê-lo crer também e a atingir os seus objetivos.

3- Sou um perito em mudança de comportamento e de atitude não sou um especialista em doenças: Em todo o curso de psicologia tive duas cadeiras semestrais de psicopatologia, onde as doenças são abordadas a fundo. Os restantes 4 anos de aulas foram dedicadas a outros temas da psicologia. O que faço é ajudar pessoas a mudar. Portanto quando recebo um cliente pela primeira vez não estou a pensar em doenças. Mais, assumo que todos os clientes têm um grande potencial e capacidade para o explorarem com a minha ajuda.

4- Ser psicólogo não é uma desvantagem: O facto de ter uma formação como psicólogo clínico não me restringe nem limita na forma de trabalhar. Pelo contrário, dá-me ferramentas e a capacidade de pensar a forma de funcionamento mental do cliente e a melhor forma de o ajudar a fazer o seu processo.

5- A minha prioridade é o pedido do cliente: Por vezes, a meio dos processos, somos levados a pensar que o que o cliente pede e o que precisa são coisas diferentes. Até posso levantar esse assunto numa sessão, mas respeitarei sempre a escolha do cliente e irei sempre de encontro do seu pedido.

6- Não tenho assuntos predefinidos: A minha abordagem teórica não me obriga a falar sempre do passado do cliente ou da relação com a mãe. Abordamos os temas que o cliente trouxer para a conversa e o que for relevante para atingir os objetivos.

7- Sou radicalmente honesto: Utilizo a palavra honesto no sentido estrito de palavra de comportamento correto e no sentido amplo de frontalidade e abertura. Isto significa que sou capaz de dizer ao cliente qualquer coisa, mesmo que isso não seja fácil para ele ouvir, desde que contribua para ajudar o processo. Por outro lado, implica que devo encarar com frontalidade alguma limitação minha ou dificuldade e coloque sempre em cima da mesa a possibilidade de poder não ser a pessoa mais indicada para ajudar.

8- Não tenho problemas em falar de emoções: Existe a ideia que as emoções são assuntos para terapia e não têm lugar numa consulta de coaching. Não concordo. Posso ajudar o meu cliente no seu processo recorrendo apenas a um processo de clarificação de ideias mais racional, mas tipicamente o cliente já tentou isso e não foi suficiente. Muitas vezes, quando se chega àquele ponto em que já se olhou para a situação de todos os ângulos e mesmo assim não se chega a uma escolha o que falta é analisar as emoções associadas. Elas são a linguagem da nossa mente. A nossa língua é a forma como racionalizamos os nossos pensamentos, mas a linguagem subjacente na nossa mente é emocional.

9- Como coach, devo ser invisível: O maior elogio que um cliente me pode fazer é dizer, no final de um processo bem-sucedido, que parece que eu não fiz nada. A ideia é que o cliente seja o protagonista do seu processo. Quanto mais “espaço” é ocupado pelo coach, menos sobre para o cliente, para o desenvolvimento da sua autonomia e do seu potencial. Quando o coach é a estrela do processo parece que foi ele que fez tudo acontecer, que ele é que sabe e que é necessária a sua presença para fazer acontecer.

10- Trabalho para a autonomia dos clientes: O trabalho deve ser direcionado para o objetivo do cliente de uma forma que ele fique mais capaz de enfrentar o mesmo tipo de situação no futuro sem necessitar de recorrer novamente à ajuda do coach. Portanto, trata-se de atingir o objetivo e aumentar as suas competências ao mesmo tempo.

11- Não sou um perito da área profissional dos meus clientes: Não me coloco numa posição de autoridade técnica perante o cliente. Assumo sempre que o cliente sabe mais do que eu sobre a direcção a escolher. O meu papel é ajudar a fazer o percurso ou ajudar o cliente a decidir, mas nunca enquanto técnico da área profissional dele. Por isso não dou conselhos, nem tomo partidos. Esse tipo de ajuda chama-se mentoria, embora muitas vezes surja com o nome de coaching. É o caso dos coachs de vendas. São peritos na área de vendas que dão conselhos sobre como vender melhor.

12- O coaching não é uma arte: Tudo o que faço em coaching é apoiado em conhecimento científico. O trabalho não deve ser feito baseado em intuições ou improvisos. Há uma base de conhecimento psicológico que enforma tudo o que é dito por mim em cada momento.

13- A relação com o cliente é fundamental: É ela que será o suporte de tudo o que se vai passar no processo e faz parte do meu trabalho saber geri-la de forma a ter a força necessária. Na eventualidade de não conseguir criar essa relação, encaminho o cliente para um colega meu, porque não serei a melhor pessoa para ajudá-lo.

14- Os choques emocionais não garantem resultados: Levar os clientes a saltar de paraquedas ou fazer outra atividade radical é muito engraçado e as pessoas ficam sempre emocionadas e cheias de adrenalina. Fazem algo que não julgavam conseguir e sentem-se melhor consigo próprias e mais energizadas. No entanto, isso não é garantia de resultados no processo de mudança. Até porque um processo de mudança deve ser avaliado seis meses a um ano depois de terminado para verificar se a mudança se mantém. Essas atividades normalmente têm impactos pouco duradouros.

15- Não faço promessas que não tenho certeza de poder cumprir: Nenhum processo de coaching terá sucesso sem o envolvimento e empenho total do cliente. Logo, não depende apenas do meu trabalho chegar a um resultado. Por esse motivo não se pode garantir um resultado à partida. Dar essa garantia era meio caminho para o cliente ficar à espera dos resultados e não se esforçar ao máximo para lá chegar, boicotando assim o processo. É por este motivo que eu nunca prometo resultados, mas garanto o meu melhor esforço para lá chegarmos, em conjunto, sempre.

 

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