Os insucessos profissionais podem ser momentos dolorosos. Desde um despedimento até uma falência, nunca é fácil.
Além das implicações financeiras, há todo o investimento pessoal de tempo, dedicação e renuncia das outras áreas da vida em favor do objetivo agora perdido.
Numa situação destas é frequente interiorizar o insucesso como uma característica pessoal. Dizer “Não consegui porque não sou suficientemente bom”, ou “Não consegui porque não sou capaz”.
Esta atitude pode ter uma função protetora. Ao marcar a atividade como fora dos limites da capacidade, evita-se lá voltar e correr o risco de sofrer novamente com um insucesso.
No entanto é uma forma de fazer batota. É dizer que se falhei uma vez, vou falhar sempre, não posso evoluir, aprender com os acontecimentos e fazer melhor da próxima. Ainda que difícil, é mais fácil dizer que não se é capaz do que arriscar novamente o sofrimento do falhanço.
Nós não somos o que nos acontece, mas a forma como lidamos com isso. Ser capaz de aceitar uma derrota, sem deixá-la tornar-se numa parte do que somos, é difícil, mas continua a ser uma escolha possível.
Por outro lado, transformar esse acontecimento numa experiência da qual se pode aprender e melhorar é um acto de coragem fundamental para obter o sucesso. É permitir-se ser alguém que pode evoluir e melhorar e que se dispõe a correr o risco de enfrentar o receio de falhar novamente.